quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Queimadas: Mulheres violentadas em aniversário recebem apoio do Estado


A gerente operacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Cândida Magalhães, seguiu para Queimadas

 No último sábado, 11, mulheres foram violentadas durante uma festa de aniversário na cidade de Queimadas, e duas delas foram assassinadas cruelmente. O crime, que está sendo amplamente divulgado pela mídia local, chocou pela forma como foi “elaborado”. O pedido de “um presente de aniversário” seria o motivo da violência.
Na manhã desta quarta-feira, 15, a gerente operacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Cândida Magalhães, seguiu para Queimadas para mobilizado um trabalho de suporte e apoio para as mulheres que foram estupradas pelos criminosos e suas famílias.
A articulação está sendo feita a partir do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). "Estamos à disposição para auxiliar na proteção e oferecer apoio psicológico às cidadãs que foram vítimas desse crime brutal, e também às suas famílias. Nosso Centro de Referência da Mulher e Casa Abrigo estará aberto para elas. Também conversamos com o prefeito de Queimadas, José Carlos de Sousa Rego, para reiterar nossa participação nesse momento extremamente difícil para a população do município”, ressaltou a titular da Semdh, Iraê Lucena.
Para a secretária executiva Gilberta Soares, o caso é um episódio de grave violação dos direitos humanos das mulheres e expõe o machismo que trata as mulheres como objeto de exploração. "A punição dos agressores, além de fazer justiça diante da dor das vítimas e familiares, colabora para coibir esse tipo de prática, comum na cultura machista”, disse.
O caso
De acordo com a polícia, em depoimento eles revelaram que uma festa de aniversário foi montada com o intuito de atrair seis mulheres ao local do crime. Para realizar seu intuito, Eduardo teria combinado com o irmão, e pelo menos mais seis homens, um suposto assalto. Durante a festa, um grupo de quatro homens encapuzados e mascarados invadiram o local e seis das dez mulheres que estavam na casa foram levadas para um dos quartos pelo grupo (com a ajuda de mais dois homens que já estariam na festa), onde foram estupradas.
Depois que as vítimas foram trancadas no quarto, Luciano e o irmão também teriam ido até o quarto para participar do estupro. A professora Isabela Pajuçara, 28 anos, e a secretária Michelle Domingos, 29, teriam reconhecido os irmãos e foram assassinadas a tiros. Na segunda-feira (13), uma equipe formada por cerca de 60 policiais civis e militares de Campina Grande prendeu nove homens acusados. Além dos irmãos que teriam planejado o crime, foram presos Luan Barbosa do Nascimento, Jacó de Sousa, Everton da Silva Santos e Diego Rego Domingues, que foram autuados em flagrante e encaminhados ao presídio do Serrotão, em Campina Grande.
Também foram apreendidos três adolescentes. Com o grupo, a polícia encontrou uma pistola .40 com vasta munição, uma espingarda calibre 12, um revólver calibre 38 e uma pistola de pressão. O crime está sendo investigado pela delegada titular de Crimes contra a Pessoa (Delegacia de Homicídios), Cassandra Maria Duarte Guimarães.
da Redação (com assessoria)
WSCOM Online

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

14.774 novos prestadores de serviço - Ora tinha que colocar os dele né!

RICARDO INCHA A FOLHA DE PRESTADORES DE SERVIÇO

Em janeiro de 2011, no início do seu mandato, o governador Ricardo Coutinho (PSB) demitiu 17.783 prestadores de serviço do Estado, seguindo uma recomendação do Ministério Público Estadual. No entanto, ele fechou seu primeiro ano de gestão tendo contratado 14.774 novos prestadores de serviço.
De acordo com dados disponíveis no Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres) do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em dezembro a administração estadual tinha 28.263 prestadores. O MPE já notificou o governo pedindo explicações sobre esses números.
A quantidade de funcionários registrada em dezembro tem uma pequena diferença em comparação aos dados do final de 2010. Segundo o que está registrado no Sagres, no último mês da administração do governador José Maranhão (PMDB) o Estado tinha 31.282.
No primeiro mês da gestão de Ricardo a máquina estadual tinha 13.489 servidores contratados, mas esse número foi crescendo durante o ano e chegou a ser superior ao do mês de dezembro, pois em agosto o Estado tinha 29.207 prestadores.
O promotor Carlos Romero, coordenador da Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (CCRIMP), disse que a secretária de Administração estadual, Livânia Farias, já foi notificada para encaminhar ao Ministério Público a lista de servidores do Estado, mas a solicitação não foi atendida. O prazo venceu no dia 10 de janeiro e com isso o MP fez uma nova notificação à secretária, só que dessa vez ela terá que prestar esclarecimentos pessoalmente.
“Ela (Livânia) não está fornecendo informações ao Ministério Público. Em função disso foi notificada para comparecer na Promotoria de Justiça e prestar esclarecimentos pessoalmente. Dia 15 vai ocorrer uma audiência pública para tratar dessa questão”, disse Carlos Romero.
O promotor afirmou que o Ministério Público pode entrar na Justiça para que o Estado reduza o número de prestadores de serviço. “Devemos entrar com ações judiciais pedindo que esse número seja reduzido”, completou Carlos Romero.
A reportagem entrou em contato com Livânia Farias para que ela explicasse os números constantes no Sagres e o fato de não ter prestado esclarecimentos ao MP. A secretária não atendeu as ligações e sua assessoria de imprensa disse que daria uma resposta. No entanto, Livânia ainda não se posicionou.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Um olhar cidadão sobre a greve dos policiais

UMA DAS MAIORES MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS DOS ÚLTIMOS TEMPOS








Até um sacerdote é, antes disso, um cidadão perante o Estado e a Nação. Muitos acham que Estado e nação são a mesma coisa. Seria, sim, se o governo da nação representasse os cidadãos. No entanto, atuam sem consultar os cidadãos, porque creem ou pressupõem que têm o poder de pensar, adivinhar, julgar, saber ou inventar o que o povo deseja. Na minha modesta opinião somente pode haver certeza de saber o que os cidadãos desejam, perguntando a todos, um a um. Como não se pergunta aos cidadãos, a Nação é o conjunto dos cidadãos, e o Estado, é a Nação acrescida dos governantes e terceirizados, e de todos os que dependem de pagamentos ou favores do governo.

Sacerdotes, médicos, dentistas, engenheiros, fiscais, bombeiros, 

garimpeiros, atacadistas, comerciantes, embarcados, militares, 

encanadores, carpinteiros, varredores de ruas, empregadas 

domésticas, doutores, juízes, vereadores, senadores, deputados, presidentes da república, vice-presidentes, governadores e ministros… E todo e qualquer ser humano que viva no país e dele faça parte, é um cidadão, parte da nação, com os mesmos direitos, ou quase… Há restrições

Policiais e membros das forças armadas não podem fazer greve…
Então, já não são cidadãos por completo… Falta-lhes algo: O direito de proclamarem sua insatisfação, por exemplo, com os salários.

Vemos vereadores, deputados, senadores… Juízes… Imaginem!… 

Aqueles que estão no topo da lei, fazendo e aprovando leis, dizendo-

nos o que é moral e imoral… Votando os próprios salários… E 

como votaram!





Pelo amor de Deus… SE não tivessem esses cargos tão altos, poderíamos jurar que não sabem nada de matemática, porque se deram aumentos de centenas por cento e ganham hoje fábulas de dinheiro, mensalmente, dignas de contos das mil e uma noites…


Que dispositivo legal se implementará para que policiais e membros
 das forças armadas possam reivindicar melhorias de qualquer espécie, como qualquer cidadão?

Com que moral se pode exigir de um militar ou membro das forças

armadas que engula o salário que lhes dão e os benefícios que lhes dão, e fiquem calados, inertes, obedientes, e sobretudo dedicados com prazer às suas funções ?

Pra nós cidadãos, como nos sentiremos com uma força policial e

 militares que estão insatisfeitos com a vida?

Inseguros!
Se todos nós estivéssemos insatisfeitos, diríamos a esses militares para se calarem e pararem de fazer greve porque todos nós estaríamos também no mesmo barco, sofrendo do mesmo mal que enfrentaríamos como nação…


Mas como sabemos, há gente, toda ela do governo, que não está no mesmo barco. Esses, não têm o salário que merecem.

Esses têm o salário que querem!.






Temos duas nações convivendo na mesma nação: a Nação dos que

 governam, e a grande nação do povo brasileiro, que assiste à

deterioração cada vez maior da ética, da moral e do conceito de democracia.
A ditadura voltou. Não aquela das velhas ideologias, mas a que 

busca lucros, boa vida, prazer, poder…

Bem a propósito, onde anda o ministro das forças armadas que até

 agora não apareceu na cena? Aquele que se veste com gravatinha borboleta, como os dandys nos anos 60, época de revoluções socialistas, pregando a igualdade e a liberdade para os cidadãos, além de uma vida melhor?

Rui Rodrigues
www.observadorpolitico.org.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012